segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

A cantiga da felicidade


 

Bem, hoje trago talvez uma assunto mais sensível, capaz de ferir susceptibilidades, mas não é mais do que a minha opinião pessoal e vale apenas por isso.
Já há uns tempos que tenho tido algum cuidado de analisar determinados conteúdos de facebook e, recentemente, dos blogs.
Num país onde o nível de vida cai a pique e onde a esperança mora muito longe, ouvir alguém proferir que é feliz é refrescante. Mas fazer disso bandeira para todas as conversas, todas as frases tontas de facebook e afins é que já não entendo.
A felicidade é um conceito demasiado abstracto para poder argumentar quando alguém me diz que é muito feliz, mas as demonstrações forçadas e frases feitas são sinónimo de insegurança e poucas certezas na sua própria condição. Se sou plenamente feliz para quê dizê-lo a cada cinco minutos?! Possivelmente ando demasiado ocupada a ser feliz. Não teria tempo para parar, a cada cinco minutos, para relembrar os leitores do quão feliz sou.
Outra coisa no baú das felicidades feitas, é a panca que, principalmente as mulheres, têm de achar sempre uma brecha qualquer na conversa para colocar o seu 'mais que tudo' (inenarrável na minha opinião). Os seus homens são sempre óptimos e de fornadas das quais já se lhes perdeu a receita. Eu não entendo, mas, embora até saiba que há muito bons rapazes, não há nenhum homem que seja digno do fastidioso título 'homem da minha vida'. Mas o que é isso, afinal?! É um homem que passa pelas nossas vidas, que pode ficar permanentemente, mas que, se um dia, por azar, se for, vai continuar a ser o 'homem da nossa vida'?! Independentemente de sermos deixados ou de largar alguém, a nossa vida é apenas uma. E não é bonito, minhas senhoras, virem dizer que algum tipo é o 'homem da vossa vida'. Isso não existe. E acreditem que tenho uma costela de romantismo.
Ora observem o comportamento masculino. Por acaso vêem os homens berrar por todo o lado que são muito felizes, que amam muito a 'mais que tudo', que comeram esparguete ao almoço e que ela sujou a blusa com tomate? Não, pois não?! Deixemo-nos de tonterias.   
Rendo-me aos noventa anos, com um homem há mais de 30 ao meu lado, a limpar-me o rabo e a dar-me papas Cerelac na boca. Aí digo-lhe: "Constantino, és o homem da minha vida!"


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Barbie by Melissa

 
Ora bem, tenho em casa umas sabrinas Melissa de edição limitada da Barbie que, infelizmente, não me servem. Comprei o 36, mas calço o 37, pensando que aquilo ia alargar e tal. Mas o facto é que quase nunca aconsegui usá-las por se tornarem muito apertadas para o pé. Usei umas duas vezes, durante pouquíssimo tempo. Tenho a caixinha original ainda e tudo. Se alguém estiver interessada, vendo por 20 euros. Na altura custaram cerca de 65, mas o preço original é de 80. Agora já deve ser complicado até de encontrar este modelo à venda.
Se houver alguma interessada, faça o favor de avisar e mostrarei fotos das bichinhas e da sua caixa!
 
 


Nomeados para os Óscares - Filmes de Animação (continuação)

 
Hoje acabo a lista dos nomeados, falando um bocadinho dos restantes filmes de animação. São eles: Brave, Frankeenweenie e Pirates! Band of Misfits.
 

Brave
 
O Brave recupera aquela sensação de contos de fadas, um pouco eclipsado da 'onda' de Hollywood. É refrescante, leve e prende o espectador até ao fim. Talvez o mais infantil dos cinco nomeados, mas tem o seu encanto.
 
Conta a história de uma princesa que é confrontada com a decisão paterna de escolher um noivo em tempo limite. O problema é que a princesinha Merida é aventureira e não se interessa, minimamente, com questões do coração.
O IMBd dá-lhe uma pontuação de 7,2.
 
 
 
 
 
 
Frankenweenie
 
Frankenweenie conta com o nome sonante de Tim Burton na linha técnica. Parte, talvez, com alguma vantagem. Deixei de sentir o entusiasmo passado pelos filmes do realizador e estava céptica em relação a este.
A nível técnico, tem uma fotografia lindíssima e uns planos óptimos, que é marca inegável da qualidade do realizador. Mas, o que prende, realmente, é o argumento.
Frankenweenie debruça-se sobre uma história de amor entre um rapazinho e o seu cão, Sparky. Vêem-se separados por um terrível acidente e o filme conta-nos como é que, com um pouco de ciência e muita perseverança, o pequeno Victor conseguiu colmatar a sua tristeza.
Demoro-me um pouco mais a escrever sobre este filme, porque é impossível não nos tocar e não nos revermos nele. A banda sonora é lindíssima e a música que acompanha os créditos, Strange Love, é uma mais valia. Infelizmente, e sem se perceber bem o porquê, não está nomeada.
Na minha opinião, merece o óscar (talvez a par do ParaNorman).
 
 
 


Pirates! Band of Misfits
 
Do mesmo realizador dos Chicken Run e Wallace & Gromit, Os Piratas (título adoptado em Portugal) é um filme para divertir e descontrair. É leve, a história prende e as personagens estão muito bem conseguidas.
 
A longa metragem conta a história de um bando de piratas desajeitados que, acidentalmente, encontram Charles Darwin num barco por eles saquesado e, a partir daí, desenrola-se toda uma série de peripécias.
 
A par do Wrick-it Ralph, foi o filme mais fraco, mas continua a representar uma boa e divertida forma de passar o tempo com os miúdos (ou sem)!









terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Nomeados para os Óscares - filmes de animação

Com a aproximação do dia da cerimónia de entrega dos prémios mais cobiçados do cinema, tenho feito um esforço para estar a par dos nomeados. Portanto, hoje vou debruçar-me sobre os filme de animação.

ParaNorman

O título é sugestivo e aquele trocadilho tem a sua piada. Pontos já para isso.
 
 

Realizado por Chris Butler, conhecido pelo filme Coraline, também nomeado para os óscares em 2010, conta a história de um rapaz, Norman, com poderes paranormais que se vê envolvido numa cruzada contra a maldição de uma bruxa.
 
Os diálogos são excelentes, a história envolve sem esforço e as personagens têm o condão de nos remeter para alguém que nós até já conhecemos.
Embora não atinja a magistralidade do Coraline, os seus 7 pontos no IMDb parecem-me estar longe de fazer jus à longa metragem.
 
 
Wreck-it Ralph


O Força, Ralph (título adoptado em Portugal) está longe de ser consensual. Conta a história de uma personagem de um jogo de computador, já algo obsoleto. Ralph é um bom vilão que corre atrás de uma medalha de herói e vê-se envolvido em mundos muito diferentes do seu.
Tem pontos de interesse, personagens criativas, mas não me entusiasmou. De qualquer forma, tem uns honrosos 8 pontos no
IMDb.

 


Continua...




 
 
 
 


sábado, 2 de fevereiro de 2013

Ainda se fazem bons filmes de terror - Sinister

 
Sou uma fã assumida de filmes de terror, trillers e de todo um género que, por diversas vezes, peca pelo cliché. Já vi mais de 200 filmes de terror ao longo da minha curta vida e, se há pessoas que podem falar com conhecimento de causa, eu sou uma delas.
Comecei muito nova a interessar-me pelo género. Via os X-Files com sete anos, às escondidas dos meus pais e ainda hoje me recordo do monstro do esgoto, episódio, aliás, compilado nos melhores da história da série mítica.
Não há quase nada que me faça aquela pele de galinha, que me faça sentir aquele nervosinho sorrateiro. O problema de se perder essa sensibilidade a qualquer borrifada de sangue e a uma qualquer aparição de um fantasma tosco, é que, raramente, consigo ficar empolgada com um filme. Posso contar pelas mãos os bons filmes de terror e os bons trillers. Há anos, com excepção do The Rite, de Mikael Håfström (do qual, aliás, falarei daqui a algum tempo) e pouco mais, que não ficava colada num filme pela sua excepcionalidade, pelos seus planos inteligentes, pela envolvência sinistra.

 
Sinister (A Entidade do Mal), realizado por Scott Derrickson, mundialmente conhecido pelo The Exorcism of Emily Rose, traz-nos a história de um escritor que se muda para a casa de uma família, estranhamente assassinada, com o objectivo de escrever um livro sobre o crime grotesco. Enquanto exlora a casa, encontra uma Super 8 e respectivos filmes, com imagens aterrorizadores de crimes cometidos, supostamente, pelo mesmo criminoso.
Não tem um final previsível, foge de tudo aquilo que o espectador está à espera e envolve-nos em duas horas de terror de excepção.
Conta com a magnífica participação de Ethan Hawke, o que traz um incremento fascinante ao filme.
 
 
 
 
 



sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Trench Coat

 
Hoje a chuva regressou por aqui, mas as temperaturas já estão mais amenas. Ontem sentiram-se uns belos dezasseis graus e soube agradavelmente.
Com o iníco de Fevereiro, chega o que costumo chamar de saldos dos saldos. Os preços descem abruptamente e, embora não exista em stock tanta variedade e tenhamos que fazer uma ginástica enorme para encontrar o nosso tamanho, esta é a altura ideal para comprar peças baratas e intemporais.
Hoje seleccionei o trench coat como objecto de observação. Para mulheres e homens. Para quem já tem o básico preto ou aquele trivial e até aborrecidote crú, beje ou camel, ficam ideias a cheirar a Primavera!
 
Atenção: Embora seja difícil, ainda, encontrar um trench coat mais comprido, que passe, de preferência, os joelhos, eles são bastante mais versáteis e elegantes.
 
 
 
 
 




 
 
 


quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O síndrome anti-evolutivo

 
 
Há pessoas que sofrem de uma espécie de alergia a todo o género de evoluções: são elas de natureza social, pessoal, profissional ou cultural.
Como é assunto que dá 'pano para mangas', vou deter-me na evolução pessoal, nas maneiras da geração Peter-Pan, que, para além da despreparação para o mercado de trabalho, são despreparadas para as relações pessoais.
Há bastantes anos, quando conheci um rapaz por quem me apaixonei, pensava de forma muito simples e pouco pragmática. Queria ter sexo com frequência, atenção e divertir-me. Apesar de parecer banal, há muita complexidade em todos esses desejos e só com o passar dos anos, e bastanta observação empírica, pude perceber que o que pedia não estava ao alcance de qualquer marmanjão ou de qualquer borrega que nos passe pelo caminho.
Já vos falei, inúmeras vezes, que ao nível das relações pessoais, tenho lacunas que, muito dificilmente, serão preenchidas. Foram escolhas desgastantes e relações com pessoas que pouco ou nada contribuiram para o meu bem estar (de natureza geral).
O facto que me vem preocupando é ver que, infelizmente, ao invés da evolução natural (?) para uma geração mais consciente, para pessoas mais nobres, mais honestas, de escolhas resolutas, estamos perante gente de índole grosseira, de dúvidas constantes, de recuos infantis, de língua suja e de hábitos arcaicos.
Hoje os homens não procuram uma mulher com 'boas intenções'. Actualmente procuram A fêmea para acasalar, mandar um chuto no traseiro e proferir com um feijão no rabo a estalar de orgulho: "O problema não é teu, é meu. Preciso do meu tempo, ando confuso."
Ora se os nossos homens e mulheres andam tão confusos com as pessoas que lhes são mais próximas, dá para perceber por que é que o país está nesta calamidade.
Perdeu-se o sentido de respondabilidade, de afecto com compromisso e o sentido de honra. Hoje ninguém tem palavra. Fazem-se promessas frouxas que se quebram ainda com as palavras quentes. Parece-me que acontece mais com o sexo masculino, com os homenzinhos de papel que povoam este mundo para trazer dissabores e poucas alegrias.
Pois, caras meninas, para quem ainda estiver solteira, não percam o vosso tempo com um homem que não se decide, que diz que "se andam a conhecer" depois de sairem meses a fio, que diz que "não sabe o que quer de uma relação" depois de passar anos atrás de anos em namoro com uma mártire qualquer. Fujam!