Uma aventura no Puerto II
As malucas dos cachorros
Então ora vamos lá continuar com a aventura no Puerto!
Bem, decididamente não posso ir a uma grande cidade. Em Viseu não se vê com grande frequência pessoas a mendigar na rua. Ontem vi carradas de gente e pedir. Houve uma pessoa que me tocou particularmente. Uma velhinha a pedir num dos sinais luminosos. Ninguém abriu o vidro, à excepção de mim que, infelizmente não tinha moedas. Fiquei com um aperto no coração. E mal disposta com a falta de educação daqueles condutores que passavam a uma velocidade arrepiante pela idosa e buzinavam como se a senhora fosse um monte de lixo. Merdosos! Espero que comam caca ao pequeno-almoço!
Entretanto não lanchei. Precisava era de jantar, pelo avançado da hora. Foi uma aventura para encontrar um café que tivesse comida vegetariana e pouco dispendiosa. De qualquer maneira, a alimentação naquela zona é bastante cara. Talvez devido à grande afluência de turistas.
Encontrei um miudito na rua, muito cool, a vender umas pulseiras fluorescentes, feitas pelo próprio. Gostei da atitude do rapaz. Vendia para comprar uma guitarra e para comprar um bilhete para assistir a um concerto dos Pink, uma banda de tributo aos Pink Floyd. Entretanto, ainda confidenciei que tinha visto, há uns anos, os Pink Floyd Australianos e o moço vibrou todo. Havia conversa para mais de uma hora!
Lá jantei à pressa e, quando me dirigi para o coliseu, apanhei o susto! Uma imensidão de pessoas à entrada, em fila, a aguardar a abertura das portas. Eu tinha bilhete para camarotes, mas, com medo que aquilo fosse demorar, coloquei-me também na fila. Apanhei uma valente seca.
Para piorar, estavam três mulheres mesmo ao meu lado, de aspecto tão duvidoso, a vender cachorros quentes que eu, nem por 30 euros, comia. As mulheres fartavam-se berrar e plantar gafanhotos nas salsichas do Minipreço. Além de que, aquelas mãozinhas... ui, ui!
Não tiveram sorte. Temos pena! Eu é que tive que ouvir disparates e conversas do arco da velha durante uns bons 40 minutos.
Nota: A parte do concerto, fica para mais tarde, porque eu encontrei uma personagem no meu camarote que despertou o Hannibal Lecter que havia em mim. E, como tal, há muito, muito para contar!
Continua...
Que nojeira. Se vão mexer em comida, tenham decoro.
ResponderEliminarNos Maus Hábitos conseguias uma boa refeição vegetariana. Nunca comi lá é certo mas já passei lá valentes noitadas e sigo-os no Facebook e sei que têm refeições vegetarianas ;)
ResponderEliminarFica a dica para a próxima ;)
Obrigada pela dica! Eu já sabia que havia alguns cafés com comida vegetariana, porque a minha irmã já mo tinha dito. Mas não sabia os nomes e aquilo é tão grande que se fosse à procura, nem às 21h estava despachada.
EliminarMas mesmo sabendo o nome eras capaz de não dar com ele, pois fica no último andar de um antigo hospital para malucos (isto foi-me dito pelo Gafanhoto) e nem sempre é fácil dar com a porta para as escadarias/elevador. Sempre que vou lá guio-me pelo Passos Manuel que fica mesmo em frente ;)
EliminarAhahah...que grande história. Histórias longas como a tua são sempre ricas. Achei um piadão às velhas dos cachorros quentes.
ResponderEliminarÉ por detestar confusões que as minhas idas a concertos se podem contar pelos dedos de uma mão de carpinteiro. ahahah
ResponderEliminarPara mim, o mais complicado foi mesmo não conhecer a cidade e ter de andar a dar voltas e mais voltas. Mas não tenho grande razão de queixa, até agora. Há uns meses, em Gaia, fui ao Marés Vivas e correu que foi uma maravilha. É também uma questão de sorte!
EliminarPedintes de facto é o que não falta no porto. Bancas de cachorros, onde há festança lá estão elas com as super bocks acompanhar ;)
ResponderEliminarUi!
ResponderEliminarO próprio do Hannibal?!
Já estou danadinha para ler!