sexta-feira, 30 de novembro de 2012


O fim do encantamento
 
 
 

Sou uma fã assumida da trilogia Senhor dos Anéis. Lembro-me perfeitamente de ter 16 aninhos e, numa tarde solarenga de Inverno, ir ao cinema da vila, despovoado de gente, e ver, pela primeira vez, o Senhor dos Anéis - A Irmandade do Anel.
Tudo aquilo me fascinava. Era a enredo, brilhantemente dirigido, era os figurinos celestiais, a banda sonoro magistral assinada por Howard Shore e a May it be de Enya. Tudo encaixava na perfeição.
Ao contrário da maior parte dos seguidores da história, a personagem que sempre me cativou de uma forma especial, foi o pequeno hobbit Sam. Um homem nobre, de princípios inabaláveis, fiel às suas crenças e a uma missão que tinha tudo para estar irremediavelmente perdida.
Comprei toda a trilogia, posteriormente, à medida que os filmes saiam em VHS e DVD. Tenho a colecção em VHS, ano de edição. Parece demasiado arcaico e enfadonho agora, mas, há uns anos, eu contava os tostões para comprar uma cassete. Custaram, cada uma, cerca de 25 euros.
E pronto, foi assim que conheci, pela primeira vez, o trabalho de Peter Jackson, até à data, mais um realizador quase anónimo do circuito mainstream.
Escusado será referir que fiquei eufórica com a ideia de poder ver, no grande ecrã, mais um filme baseado num livro do mundo maravilhoso de Tolkien. Desta feita O Hobbit. Não conheço a história, nunca li nada do autor, com grande pesar.
Há uma semana, numa ida ao fórum de Viseu, apercebi-me que o cartaz do filme já está afixado, com uma indicação, bem visivel, de Brevemente em Exibição.
Qual não foi o meu desencanto quando recebi uma notícia, lançada pela PETA (ler artigo), de que, durante as filmagens da longa metragem, dezenas de animais encontraram uma morte agonizante. Ao que parece, não houve o cuidado necessário para preservar os cavalos, os póneis, as ovelhas e as galinhas que aparecerão no filme. Houve, alegadamente, cavalos em sofrimento atroz, por serem obrigados a fazer cenas em subidas íngremes, com feridas visiveis de correntes, prova de que foram mantidos presos durante todo esse tempo.
Não irei ver a consagração de O Hobbit no cinema. Não vou com um pesar de fã, mas com a convicção incorrupta de uma assertiva defensora do direito dos animais. E converte-se assim a magia de Tolkien e de Peter Jackson numa homenagem post mortem a todos esses seres indefesos que se viram usados numa jornada inesperada?!




quinta-feira, 15 de novembro de 2012



Um fiasco!
 

Atendento ao facto de os meus leitores (poucos, mas bons), terem ajudado com ideias para a criação da minha primeira peça de mobiliário - um cabide -, informo-vos que ontem fiz a apresentação do primeiro esquiço. O professor torceu o nariz. A bem dizer, esmagou-me o orgulho, mas isso não me demove! Para a semana já terei um modelo 3D para mostrar e espero que opinem sobre a peça e se houver a necessidade de me puxar as orelhas, pois que seja!
Ainda em relação à escola, o resultado do meu pedido de creditação da Matemática está atrasado e, com isso, serei obrigada a fazer uma frequência. Estou, como é óbvio, despreparada e céptica em relação às minhas valências.
Agora vou estudar mais um pouco. A propósito, nunca ninguém pensou que números e letras não combinam?! Equações do caraças!
 
 
 
 
Cadeira Reindeer, criação de Helena Bueno e Heinz Müller
 
 


quarta-feira, 14 de novembro de 2012



Poluição visual by Jeffrey Campbell


Os tesouros que eu descubro por esta net fora!











terça-feira, 13 de novembro de 2012

 
E aqui estão eles!
 
 
Sou uma aldrabona. Ando a prometer um post sobre os homens de qualidade e isto teve que ir a saca-rolhas. Mas cá está! Pensei, pensei e cheguei à conclusão que isto é tudo um engano e que andamos todos a babar por gente quase de plástico. Mas dentro dos bonecos de cera, lá se escapam alguns. Vai daí, fiz uma selecção valiosa de alguns machos que, visualmente, são harmoniosos e giros.
 

 
Ora bem, começo aqui pelo Clive Owen, porque a minha irmã não me larga a perna. "Põe o Clive, põe o Clive, vá lá!"
 



Este aqui também tem pele de lula mal lavada como eu. Gosto da voz, tem um discurso inteligente.



Este homem também tem traços bonitos e tem um ar delicado sem parecer panisga.



O Jaquinzinho é um amor! Vegetariano convicto. Farta-se de lutar pelos direitos dos animais e, por isso merece um lugar de honroso na minha lista. 



Por último, mas não menos importante, da selecção sénior - o Ridley.





segunda-feira, 12 de novembro de 2012

 
A galinha dos ovos d'ouro.
 
 
 
Já há algum tempo que eu sabia que o Marcelo Rebelo de Sousa estava a dar as últimas e que o senhor professor, vulgo comentador de canal duvidoso, estava senil.
Ontem, à semelhança de milhares de portugueses, lá tive o desprazer de ver o vídeo que o senhor, levado por um síndrome de Spielberg, teve a infeliz ideia de produzir.
É característica muito própria do português mamar das tetas alheias. Para quem anda com a História Portuguesa guardada numa gaveta poeirenta, eu relembro que quando houve ouro no Brasil, aqui era tudo uma festa; quando havia as colónias, éramos os maiores; havia a Índia, ui que maravilha! Entretanto, e porque o mundo afinal tem limites físicos, lá se nos acabaram as terras por explorar (mal e porcamente) e cai-nos do céu a UE. Ouro sobre azul. Os políticos podem mamar à vontade, a economia paralela cresce como um cogumelos nas matas húmidas e nós tornámo-nos esquisitos. Então agora vem lá aquela maluca do Banco Alimentar Contra a Fome dizer que não se pode comer bifes todos os dias?! Oh, então?! Sem bifes eu não vivo! E rua com a vaca, porque ela não sabe o que diz!
Agora andamos todos na penúria. Quem fez os empréstimos anda à rasca e quem não os fez, tem dívidas virtuais que não se explicam muito bem. Vai daí, vamos malhar todos na gordalhufa alemã. E porquê? Porque nós temos o maior parque automóvel da Europa, constituído por muitos modelos alemães e outras justificações sem sentido que explicam o porquê de vivermos nesta nação anedótica, com a sua economia débil, uma educação frágil e uns governantes que sabem menos de matemática do que a minha avó. E somos todos uns probrezinhos com Mercedes na garagem e casas no valor de 250.000 €. Ah, mas calma! Devemos tudo à banca. Empréstimos a 50 anos.
Vão mas é pastar. Tenham vergonha e assumam-se as merdas que se anda a fazer. Assuma-se a má gestão, a educação onde o parecer tem mais peso do que o ser. Enquanto não conseguirmos lidar com a responsabilidade de um país, vamos sempre andar a pedinchar por mais uns tostões.
 
 
 
 



Aplicações


Desde a estação de Verão, as aplicações metálicas nas roupas (a par das aplicações em polipele do Outono), têm marcado as colecções nas lojas por todo o lado. Não gosto daquele pessoal que se equipa apenas destas coisas. Tenho umas slipper com tachas e comprei recentemente esta camisa. Gosto da cor, é confortável e foi, relativamente, acessível. Comprei porque adorei o efeito nos ombros, mas tem que ser usada com conta, peso e medida (calças clean e calçado discreto).
 



domingo, 11 de novembro de 2012



O frio, a chuva e a moda das galochas.
 
 

Se há coisa que no Inverno aparece pelas ruas como cogumelos no Outono, são as galochas nos pés do mulherio.
Quando era cachopita, a minha avó usava essas botas para a rega. Com o passar dos anos, acho que aquilo se tornou fashion. Não sei. Mas confesso que acho pavoroso ver um look com galochas. Não são elegantes, não favorecem as pernas de nenhuma mulher e, por muito confortáveis e práticas que possam ser num dia de chuva, não me convencem nadinha.
Para mim, o calçado tem que ser simples, eficaz e belo. Como qualquer peça de design. Ser bonito deve andar lado a lado com confortável, prático e a um preço acessível. O que nem sempre acontece, é verdade.
Quando o Inverno nos bate realmente à porta, esquecemo-nos um bocadinho de realçar as nossas curvas, de cuidar da nossa aparência como no Verão. De combinar o elegante com o prático e quente.
O facto é que a mim ninguém encontra nem com casacos que me enchouriçam nem com galochas.
Vá, mas isto é a minha opinião e quem se quiser vestir de esquimó também está à vontade!
 
Uma selecção de coisitas giras e quentes que não nos tornam numa abominável mulher das neves:
 
 

 

 
 
 
 
 
 


sábado, 10 de novembro de 2012

 
Bolo de laranja vegan
 
 
Na semana passada, fiz um bolo. Não sou adepta de bolos e raramente me dou a esses trabalhos. Mas a minha irmã fazia anos e preferi ser eu a fazê-lo.
Tenho a certeza que muitos de vocês nunca experimentaram um bolo vegan (sem ingredientes de origem animal). Por isso, achei interessante partilhar a receita convosco, para o caso de quererem experimentar.
Posso garantir que é um dos melhores bolos que já comi. Tem uma textura húmida e fofa, sabe incrivelmente bem a laranja e com uma cobertura de chocolate negro fica divino. E para completar, ainda fica baratinho! Ah, e é mais saudável, se tivermos em conta que o pessoal se empanturra de proteina animal e não tarda se torna mutante!
 
Ingredientes:
 
3 xícaras de farinha de trigo
1 e 1/2 xícara de açúcar
1 colher de sobremesa de fermento em pó
1 pitada de bicarbonato em pó
1 xícara e 1/2 de sumo de laranja
1/3 de xícara de óleo
 
Preparação:
 
A bem dizer, misturem todos os ingredientes secos e peneirados primeiro e depois juntem o resto. Mexam até terem uma mistura homogénea. Mas mexam bem, até fazer aquelas bolhinhas. É sinal que a massa está pronta para ir ao forno.
Coloquem o preparado numa forma untada e levem ao forno a 180º, durante, pelo menos, 30 minutos. Espetem-lhe um palito para verem se já está cozinhado e retirem do forno.
Aqui na foto, não tem, mas eu gosto de fazer uma cobertura de chocolate negro. Façam-no num tacho, em lume brando, com alguns cubos de chocolate culinário e leite de soja. Quanto mais leite, mais líquido o molho irá ficar. Deixo ao vosso critério.
 
Vá, se alguém ultrapassar o medo da intoxicação alimentar e quiser experimentar, que me informe depois como correu, se gostaram... Essas coisas.
Não se esqueçam de comer pouco, porque isto dos bolos, como tão bem sabem, são 5 minutinhos para se comer e uns largos anos no rabo, nas coxas e na barriga. Aplica-se também aos homens!
 
 
 


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

 
Ella Doran
 
 
Pelos vistos, o pessoal gostou do guarda-chuva Ella Doran que mostrei no blog há umas semanas. A quem possa interessar, comprei na Asos. Tem imensa qualidade e possui um mecanismo diferente de todos os guarda-chuvas que já usei. Nota-se perfeitamente que tem uma qualidade muito superior ao que vemos por aí. Não foi barato, mas creio que o dinheiro vai valer bem a pena. Estou a contar com ele para os próximos Invernos.
Ella Doran é a designer que assina a criação e é conhecida pelo seu trabalho com peças de decoração de interiores. Por inspiração tem a natuareza nas suas mais variadas formas. Pelo que pude pesquisar sobre a senhora, considero que tem imenso talente e o reconhecimento é bem merecido.
Deixo-vos com algumas peças da sua autoria e o link para o seu blog. Vale a pena espreitar.
 
 
 
 
 
 



Voltei, voltei! Ainda ontem estava em França e agora já estou cá!

 
Não, não estava. Mas podia estar. Não se deve estar lá nada mal, com uns eurecos no bolso e muita disposição para dar umas valentes voltas pela cidade das luzes.
A minha ausência não se deve a tão nobre empreitada. Deu-me a preguiça e ando cheia de trabalho. São os relatórios de química semanais, são os milhentos trabalhos para Teoria do Design e mais umas quantas coisitas que me deixam completamente exausta ao final do dia.
Mas confesso que já tinha saudades!
Então pronto, voltei. Estou viva e de boa saudinha e vou já de seguida fazer uma ronda pelos vossos blogues.
A propósito, tenho um cabide/bengaleiro para criar assim à velocidade da luz e só ainda tive ideias da caca. Deixem sugestões que aqui a gerência agradece.
 
 
 
Cabide Spiga, criação de Angelo Tomaiuolo.