Dear John
Há filmes tão maus, mas tão maus que me fazem querer voltar no tempo, sensivelmente, duas horas.
Este filme, baseado num livro do Nicholas Sparks (bom é que
não podia ser!), é um horror, um cliché, uma anedota!
Não sou pessoa de gostar desses filmes, por norma. Ontem
estava com o meu cérebro modo coma induzido e decidi aventurar-me com a minha
irmã.
Dear John é uma patetice do princípio ao fim. O actor principal, Channing Taturn, é um bovino que pouco mais faz do que grunhir. A Amanda Seyfried até nem é má actriz, mas
também teria tido mais juízo se fosse apanhar batatas ao invés de se prestar a
estas figuras.
Basicamente, a história anda à volta do romance que acontece
entre ambos. Ele é o género gajo parvo e mau, mas que também tem uma costela de
íntegro e babado lá pela miúda. Militar de profissão, vê-se obrigado a partir
para uma missão deixando a rapariga desconsolada. Vai daí, ela não tem mais
nada, pumba! Casa-se com outro! Ele fica cheio de nervos e tal, mas como é todo
apaixonado lá volta, no fim, para a moça.
Isto é um rol de clichés que envergonha a sétima arte. A
rapariga é toda sonsa, parece até meia simplória. Diz que é muito boazinha,
ajuda os pobrezinhos, as criancinhas autistas e que o seu maior defeito é pensar
em palavrões! Porque o anjinho não os verbaliza! Ui ui! Se calhar o seu maior
defeito é ser uma grande traidora, mas posso estar a delirar!
Quando julgo que já nada pode ser pior, vem mais um diálogo
a puxar para a manipulação do sentimento foleiro.
Para quem não viu e pretende ver, aconselho um copo de
aguardente antes de agirem! Depois digam que não sou amiga!