sábado, 20 de outubro de 2012


 
Eu cá não gosto de galhos!
 
 
 
 
A propósito do que li no blog da Bomboca, hoje vou falar um bocadito sobre traidores e cornos e essas porcarias todas que assolam as relações fraudulentas por este mundo fora.
Consta que Albano Jerónimo anda a enfeitar a testa da esposa, com a qual tem, aliás, uma menina de 7 meses.
Se é mentira ou não, eu não sei. E também não tenho nada a ver com isso, mas vou usar como mote para dissecar um pouco sobre o assunto.
Não percebo muito de relações românticas. A mim tudo me sai ao contrário e até tento não pensar muito nisso para não ter que trocidar alguém. Mas de uma coisa eu percebo: de lealdade.
Lealdade anda lado a lado com fidelidade, mas é mais, muito mais do que isso. É um modo de estar na vida. Ser-se leal a outra pessoa, implica sermos leais ao nosso eu. E isto é elementar para qualquer relação, independentemente da natureza.
Momentos em que se põe tudo em questão, todos temos. Quem ainda não passou por isso, vai chegar lá um dia. Espero que possua a sensatez de saber observar-se de fora, por um lado crítico e distinguir bem as barreiras que não se podem ultrapassar.
Há muitos anos, quando vi o filme Closer, houve um diálogo que nunca mais consegui esquecer. Tratava-se de uma confissão de adultério de Jude Law a Natalie Portman. Mil justificações podiam ser dadas, mas no fim "há um momento em que tu podes dizer não".
E é isso. A vida é feita de tentações, de momentos em que achamos que nada a vale a pena, de instantes em que até a nós nos colocamos em causa. Mas há pessoas, relações que são sagradas. Que merecem mais do que "eu já não era feliz com ela/e". Por muito pouco que eu possa saber a respeito, sei que verdadeiro amor, aquele clic do qual se fala, acontece um ou duas vezes na vida, se tivermos sorte. É difícil apaixonarmo-nos por alguém e sermos correspondidos na mesma dimensão. E quando isso acontece, temos a obrigação de pensar uma, duas, três... mil vezes, antes de tomarmos decisões que podem causar danos irreparáveis e deitar por terra o que se construiu à base de amor, respeito e devoção, durante anos.  
Não estou com isto a dizer que as coisas tenham que ser eternas. Estou apenas a referir que, por vezes, somos levados em embalos passageiros e que não há mais forma de voltar atrás. No caso de termos a certeza do que queremos - não é uma certeza que se adquire em semanas - há uma obrigatoriedade de sabermos terminar relações com classe, elegância, respeito, altruísmo e com a noção que é nossa obrigação proteger a outra pessoa dos danos colaterais.
 




8 comentários:

  1. De manhã quando estava no carro depois de sair da faculdade, ouvi que ele andava com a tipa que faz par romântico com ele na novela. Fiquei burra, nem sabia que ele tinha uma pequena. Hoje em dia ninguém quer saber do outro só de si mesmo que isso resulte no sofrimento de alguém. Enfim

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  2. Concordo com tudo o que escreveste.
    No entanto, como em tudo, existe um 'mas'.
    Nunca mais me esqueço de um 'entendido' a dizer na TV, que os seres humanos, geneticamente não são monógamos, isso é uma coisa que a sociedade impôs.
    Com isto não estou a tentar justificar quem anda a armar a cabeça à/ao companheiro/a... Mas até que ponto a nossa raça fala mais alto?

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  3. Concordo em absoluto contigo!
    Há sempre um momento em que é possível dizer não; e ou se diz, ou não!

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  4. Toda a gente tem tentações. Toda a gente, a dada altura, olha para o lado. Faz parte do bom carácter saber dizer Não.

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  5. Concordo. Há que saber respeitar a outra pessoa, se estás numa relação é para te comprometeres a sério e esqueceres o resto. Se um dia me traíssem não perdoava, conheço-me, sei que por mais que me custasse eu não iria conseguir esquecer, e afinal quem me garante que quem trai uma vez não trai três?

    Beijinho

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  6. Para mim, a base de tudo é a confiança. Sem isso, é impossível.

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  7. Não podia concordar mais. Respeitinho, lealdade e fidelidade são muito bonitos, com os outros e connosco próprios!
    Não sei, mas para mim quando uma relação é séria e os sentimentos são verdadeiros acho que não há nada que "tente" o outro. Há muita gente bonita e interessante, sim, mas quando se gosta de alguém acho que não nos interessamos românticamente nem sexualmente por mais ninguém. Quando isso acontece é porque já não temos certezas sobre o que sentimos sobre o nosso parceiro ou algo não está bem. Digo eu.

    Bjokas

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