quarta-feira, 24 de outubro de 2012


Uma aventura no Puerto IV
 
A cara de bode e o apanascado
 


 
A meio da actuação dos Zulu Winter, apareceram duas figuras deprimentes no camarote. Uma gaja feia como o catano e esquisita até dizer chega e um rapaz de aparência duvidosa. Quando entraram, julguei tratar-se de duas raparigas. Só depois me apercebi que ela se fazia acompanhar por um rapaz meio apanascado.
Eu e as 3 pessoas que já se tinham instalado no camarote, tudo sereno e contente da vida, quando se instala a confusão:
- O meu é o nº 1! Olha aqui no bilhete! - Relinchava a parvalhona para o ser de género dúbio ao seu lado.
Ninguém lhe ligou a mínima. As cadeiras não estavam numeradas e era preciso ter-se uma grande lata para, com 30 minutos de atraso, ainda estar a vender postas de pescada.
Como a primeira investida não surtiu efeito, armou-se em parva e toca chamar o pobre do funcionário.
O homem lá nos disse que havia ali um engano. Que afinal eles se sentavam à frente e que nós tinhamos que contar as cadeiras. Não sei se vos já tinha dito, mas paguei 35 euros pelo bilhete. Só para que conste.
A disposiçao do camarote estava errada. Eu tinha um bilhete para cadeira nº 3 e quem me acompanhava tinha para cadeira nº4. Quando os bilhetes nos foram vendidos, foi expressamente pedido lugares na mesma fila, para que nos pudessemos sentar lado a lado e não um à frente e outro atrás.
Mas nada disso abalou o intuito da mal educadona. Resultado: a família que estava connosco, abandonou o camarote e nós ficamos mesmo só para meter nojinho, porque o que me apetecia era esborrachá-la contra o chão.
Se julgam que a cara de bode se deixou lá ficar no seu canto que se resumiu à sua insignificância, enganam-se.
Os Keane entraram com algum atraso. Mal aqueles postes de camarote os vislumbraram ainda ao longe, foi uma gritaria. Esganiçavam-se, acenavam, chamavam os seus nomes... Mas tão alto, tão alto que houve alturas, nomeadamente, nas pausas entre as músicas, que se ouviam aqueles guinchos de acasalamento no Coliseu inteiro.
Claro está que tudo aquilo me constransgeu. Cabecita para trás e só punha os olhos no palco, quando as músicas voltavam.
E pronto, a noite foi assim:
- Tim! Ó Tiiiiiiiimmmmmm!! Aquiiiiiiiiiii!!!
Era eu a filmar e a cachola da gaja na minha câmara; era eu a fotografar e lá estava a gaja nas fotos...



 
Quanto aos Keane, cantaram bem, são simpáticos e gostei da playlist. O momento alto da noite foi com a música Somewhere only we know.
O show terminou com um inspirador cover dos Queen - Under Pressure.
 

 
 
 
 
 
 



3 comentários:

  1. Que gaja mais chata! Um par de estalos é o que merecia!
    Beijinho

    ResponderEliminar
  2. oh meu deus, que gaja irritante. por isso é que eu sou super intolerante com as pessoas, é que elas não facilitam.

    ResponderEliminar