quarta-feira, 19 de setembro de 2012



Os mistérios de Lisboa




Muito se poderia escrever sobre um filme que nos brinda com mais de quatro horas de histórias complexas, intrincadas, de relações fortuitas e de coincidências romanceadas.
O filme, dirigido por Raul Ruiz, adaptação do livro homónimo de Camilo Castelo-Banco, retrata, na perfeição, o Portugal do séc. XIX , obscuro, pesado, estúpido. Os romances proibidos, as intrigas burguesas, o clericalismo e as falsas ideologias.
É um filme, que durante mais de quatro horas, pretende que o espectador não se perca nos meandros rocambolescos das analepses (flashbacks) constantes.
É de destacar o fantástico trabalho de dois actores que são, na minha opinião, os verdadeiros pilares do sucesso do enredo: Adriano Luz e Ricardo Pereira. Quanto à prestação de Maria João Bastos, não passou daquilo ao qual nos habituou. Emoção decadente e aquele ar de prisão de ventre que não consegue nem comover nem convencer. Peca, de resto, por isso toda a produção.
Gostei. Recomendo, mas com paciência, com olhos de ver. Não é filminho de Domingo à tarde, daqueles que vemos, porque não há nada melhor para fazer.






10 comentários:

  1. Vou tentar assistir. Já que recomendas eu confio ;)

    ResponderEliminar
  2. Não conhecia o filme mas fiquei curiosa :D

    Bixuuuuuuuuuss
    *********

    ResponderEliminar
  3. Confesso que nunca vi porque a Maria João Bastos dá-me cabo da paciência -_-
    Mas já li boas criticas ;)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Oh pah, está sempre com um arzão de anjoada que mete nojo.

      Eliminar
  4. Por acaso não conhecia querida.

    Mas, gostei imenso do Trailler;)

    Beijinhos Grandes

    Boa quinta;)
    http://pinkstarnailsanastacia.blogspot.pt/

    ResponderEliminar
  5. Sou muito céptica em relação aos filmes portugueses. Já vi tantos fails que agora vejo um filme português de tempos a tempos. Este ano já vi o Sangue do meu Sangue que foi mais um desses filmes caralho/foda-se/sai daqui meu cabrão/eu mato-te/mãe estou grávida, e acho que queimou logo os cartuchos para filmes portugueses deste ano.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Concordo contigo. Esses filmes das caralhadas e de pessoal a pinar, também não me dizem nada. Este é bom. Ficamos com aquela sensação que comigo acontecia, quando lia as novelas do Eça de Queirós. Muita classe e uma aura obscura.

      Eliminar
    2. Acho que a Blanco é uma great actress, mas odeio palavrões e acredito que nem todo o tuga diz mais palavrões do que palavras.
      Desde o primeiro que vi (acho que o "zona j") que não vou muito à bola com filmes portugueses.

      Eliminar
    3. A tua descrição deste deixou-me curiosa.
      Quando terminar a (&//%/&%&$ da tese tenho que ver!

      Eliminar